domingo, 19 de maio de 2013

Caso 012: Deepwater Horizon (2010).



A explosão da plataforma Deepwater Horizon ocorreu no dia 20 de abril de 2010, no Golfo do México, nos Estados Unidos. O desastre consistiu na explosão, após um blow out, da plataforma de petróleo semi-submersível Deepwater Horizon que pertence à Transocean e que estava sendo operada pela BP, afundando depois de ficar dois dias em chamas. Uma grande mancha de óleo espalhou-se e chegou à costa da Louisiana e a outros estados banhado pelo Golfo do México sendo considerado “a maior catástrofe ambiental da história americana". O acidente vitimou fatalmente onze trabalhadores.




A plataforma estava na fase final da perfuração de um poço, na qual se reforça com concreto o poço. Este é um processo delicado, pois há possibilidade de os fluidos do poço serem liberados descontroladamente (blow out). No dia 20 de abril de 2010 houve uma explosão na torre, e esta incendiou-se. Barcos de apoio lançaram água à torre numa infrutífera tentativa de extinguir as chamas. Deepwater Horizon afundou em 22 de abril de 2010.

Entenda o que é um Blow Out clicando AQUI.

Barcos de Apoio numa tentativa desesperada de salvar
a plataforma Deepwater Horizon.

O acidente teve graves consequências para a vida animal: aves, mamíferos e tartarugas marinhas morreram vítimas das manchas de óleo. A limpeza das praias também implicou a destruição de muitos ninhos e locais de desova de tartaruga. Ainda hoje (2013) as consequências da catástrofe ainda são sentidas já que mais da metade do petróleo vazado não chegou a atingir a superfície continuando seu impacto no leito marinho. As taxas de nascimento de golfinhos, por exemplo, são atualmente bem menores do que as de antes da catástrofe.

Mancha de óleo pode ser vista por satélites.

A  British Petroleum (BP) conseguiu em setembro de 2010, estancar definitivamente o derrame de petróleo, estimado entre 3 e 4 milhões de barris de petróleo.
Uma descarga final de cimento, "selou" permanentemente o poço Macondo 252 no Golfo do México, após 5 meses de extensas operações, planejamento e execução sob a direção e autoridade da equipe de engenheiros e cientistas do governo norte-americano. Desta forma, a BP completou com sucesso o fechamento do poço cimentando-a a quase 18 mil pés (5,5 km) abaixo da superfície.

À esquerda, vazamento de petróleo no fundo oceânico,
no poço rompido durante o "naufrágio" da plataforma
À direita, o poço cimentado e lacrado depois de 5 meses.


CAUSAS

Não foi causada por um único fato isolado. Uma sequência de falhas envolvendo diferentes partes resultou no desastre na costa americana, diz o relatório da BP sobre o acidente.  O relatório revela que uma série de decisões tomadas por várias empresas e equipes de trabalho contribuíram para o acidente que surgiu de um conjunto complexo e interligado de falhas mecânicas, julgamentos humanos equivocados, erro de projeto, má execução operacional e falha de comunicação de equipes.

Antes  e depois.

A BP dividiu a culpa pelo desastre com outras duas companhias. A suíça Transocean, responsável pela modulação de alguns equipamentos, que teria falhado na avaliação de alguns testes de pressão, enquanto a americana Halliburton, contratada para auxiliar no processo de fechamento do duto por onde o óleo escapava, teria feito um trabalho ruim ao tentar vedar com cimento o vazamento dando continuidade ao desastre ecológico. Mas o documento ainda enumera outras falhas de ambas as empresas. A Petroleira Britânica BP pagará US$ 4,5 bilhões em multas ao governo americano. 

Veja o vídeo:


Momentos finais da Deepwater Horizon, operada pela BP.



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