sábado, 4 de maio de 2013

Caso 004: "Naufrágio" da Plataforma P-36 (2001).



A P-36 foi a maior plataforma de produção de petróleo no mundo antes de seu afundamento em Março de 2001. A plataforma era da estatal brasileira Petrobras e custou 350 milhões de dólares.


Sua construção teve início na Itália em 1995 com um casco semi-submerso (com colunas estabilizadoras) e terminou no Canadá em 2000. A P-36 operava no Campo de Roncador, Bacia de Campos, distante 130 km da costa do estado do Rio de Janeiro, produzindo 84.000 barris de petróleo por dia.

Na madrugada do dia 15 de março de 2001 ocorreram duas explosões em uma das colunas da plataforma, a primeira às 0h22m e a segunda às 0h39m. Segundo a Petrobras, 175 pessoas estavam no local no momento do acidente das quais 11 morreram, todas integrantes da equipe de emergência da plataforma. Depois das explosões, a plataforma tombou em 16 graus, devido ao bombeio de água do mar para o seu interior, o suficiente para permitir alagamento que levou ao seu afundamento no dia 20 de março.
Times de resgate tentaram salvar a plataforma  injetando nitrogênio e ar comprimido nos tanques para tentar remover a água acumulada mas abandonaram as tentativas devido ao tempo ruim.
A plataforma repousou em uma profundidade de 1200 metros e com estimadas 1500 toneladas de óleo ainda a bordo. 

Segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP)  e da Marinha do Brasil, o acidente foi causado por "não-conformidades quanto a procedimentos operacionais, de manutenção e de projeto".
  •  Principal causa da explosão: mau fechamento de uma válvula de bloqueio (ver vídeo 01, abaixo - time 3:55);
  • A classificação da área onde se localizava o tanque que explodiu, que não era considerada como área de risco;
  • Inexistência de dispositivos de detecção e contenção de gás e ainda equipamentos resistentes a explosões;
  • Ligação do tanque de emergência a um equipamento chamado "manifolde de produção" onde ficam armazenados óleo e gás, só havia uma válvula de bloqueio isolando o tanque desse equipamento. O correto seria a existência de mais válvulas, para garantir o isolamento entre o tanque e os combustíveis.

Veja os vídeos Parte 1 e Parte 2 abaixo, onde o acidente 
foi ilustrado em ambiente 3D (simulação gráfica):




Fonte: Agência Nacional de Petróleo (ANP)




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